Integrantes do PIBID Português/Matemática escrevem relato sobre como tem sido participar e assistir as aulas por meio do ensino remoto na Fundação Liberato.
O momento que estamos vivenciando nos exige, de maneira veloz, capacidades e habilidades como adaptação e flexibilidade nos contextos pessoal, profissional e social. O cenário da educação, assim como todos os setores da nossa sociedade, sofreram alterações, tanto positivas como negativas. Nesse contexto da pandemia Covid-19 tivemos que readaptar as relações educacionais via ensino remoto, ao fazer observação das aulas na Fundação Liberato, podemos destacar aspectos favoráveis ao ensino, como aqueles que dificultam as relações entre docentes e discentes nas plataformas digitais.
Durante a vivência e imersão nesse contexto escolar, é notável que cada vez mais a interação entre os indivíduos é essencial, para que o contrato de comunicação seja efetivo e que o nível de qualidade educacional não seja prejudicado, preservando, assim, a cooperação e o compartilhamento dos saberes. Ao observar as aulas remotas, é possível perceber que a situação e o ambiente no qual os alunos estão, se distancia do ambiente escolar já vivido por nós durante as aulas presenciais. Agora os alunos ficam a maior parte do tempo com seus microfones quietos e ninguém sabe o que os demais estão fazendo ou se estão atentos, ali no momento da aula. Juntamente por conta disso, cada professor teve que desenvolver seu próprio método para exercer a docência a distância, o que também foi algo novo para muitos professores que vivenciaram sempre o ensino presencial na educação básica.
Na minha experiência assistir aulas remotas e a distância trazem alguns pontos positivos como, por exemplo, o aproveitamento do tempo em relação ao deslocamento no trânsito, comodidade e também autonomia dos estudos e conteúdos. Por outro lado percebo que o maior desafio do ensino remoto é a interação efetiva dos alunos nas aulas prejudicando assim as relações pessoais entre os indivíduos.
Durante as observações, alguns dos docentes têm como método conhecido popularmente como “sala de aula invertida”, em que o aluno estuda o conteúdo previamente e, durante a aula síncrona, são trabalhadas as dúvidas sobre os exercícios, fazendo assim uma aula muito mais dinâmica e, ao mesmo tempo, mais independente por parte do aluno. É claro que há alunos que podem nem ter olhado o conteúdo e exercícios e não tenha se preparado para a aula, mas no presencial também acontece algo semelhante.
O outro método analisado é de o professor explicar a matéria na hora da aula mesmo, de maneira que as dúvidas surgem de maneira simultânea , de maneira que o aluno questiona os temas, enquanto o professor escreve e explica. Nesse contexto, percebemos que a aula pode se tornar um pouco mais lenta do que o normal e, às vezes, pode não ser possível trabalhar todo o conteúdo que o professor deseja compartilhar. A educação enfrenta desafios profundos e significativos em que professores e alunos necessitam desenvolver competências e habilidades ao acessarem o ensino remoto e todas as suas complexidades. É um aprendizado constante e exige paciência do professor e autonomia do aluno.
A criatividade e a capacidade de prender o aluno em uma aula via plataforma virtual é um desafio para os professores que, cada vez mais precisam de suporte técnico e de recursos eficientes e interativos que visem uma boa qualidade de ensino remoto, tornando, assim, a aprendizagem mais significativa para todos.
Elaine Fischborn- Letras e Bartolomeu Voltaire - Matemática
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