Amanda e Bartolomeu
Quando colocados em um novo ambiente, é normal que nos sintamos deslocados. Como da natureza do ser humano, dá vontade de correr para os braços da mãe e ficar lá, protegido contra tudo que possa nos assustar. Bem, não correr para os braços da mãe é uma atitude bem corajosa, é quase um ato de heroísmo. Nesse momento de chegada em um novo espaço, é comum que a gente cometa alguns deslizes, daqueles tipo tropeçar nos próprios pés em um corredor cheio de veteranos por puro nervosismo.
E está tudo bem, “é sobre isso, sabe?!”. É sobre vencer o medo, a timidez, é ir em busca do desafio, é saber que foi tu que te colocou nessa situação de ambiente novo e tudo bem, embora todos os possíveis problemas que criamos na nossa cabeça, estamos felizes por estar aí, ali, lá, no lugar que for que escolhemos estar. Até chegar aqui, olhar tudo à sua volta e pensar “bah, eu cheguei aqui, e agora?” tem muita história, cada um tem sua história e, às vezes, é interessante sabermos pelo o que o outro passa ou passou. Saber principalmente que não estamos sozinhos e outras pessoas já “tropeçaram na frente dos veteranos” como nós.
Como forma de partilha e, de certa forma um aconchego, foi proposta a sequência didática “Histórias de chegada”, onde os novos protagonistas e participantes da Fundação Liberato contam um pouco sobre a sua chegada à escola. O subprojeto foi desenvolvido pelo Projeto “Vivências Liberato” com o auxílio dos alunos do PIBID. Quem comanda de forma mais lúdica e prática são os alunos Voluntários de Mídia, acompanhados pela professora Maria Emília, que coordena o projeto.
“A minha (nossa) história de chegada na Liberato não é a ideal, sem as aulas presenciais, sem o nervosismo antes das provas de papel, de rodinhas no Gramadão, de abraços entre amigos, de Gincana e de festivais. Mas é, sim, uma história sobre preparação, chegada via vídeo, amizades a distância, muitas lives e, acima de tudo, esperança por dias melhores.” , apresenta Júlia B. Labres da turma 1123, voluntária de mídias.
Já, Rael de Oliveira da turma 221, conta com detalhes pontuais sobre seu início de protagonismo na instituição, bem como a participação ativa no projeto: “No início do projeto participei mais como suporte técnico e como expectador, mas no ano de 2021 estava fazendo parte da organização oficial do evento. E para mim, como recém-chegado na Fundação Liberato e ter feito parte de tantas coisas, tais como o Vivências Liberato, é incrível! Tudo se torna mais interessante quando percebo que a equipe de organização, da qual faço parte, é composta por alunos e que temos autonomia e iniciativa dentro do Projeto! Agora, estou na 2ª Série e ainda estou chegando na Fundação Liberato, com a participação em aulas práticas na escola.”.
Em meio aos relatos, ainda podemos encontrar além do relato das atividades desenvolvidas a importância de todo esse trabalho para uma construção coletiva e humana dos alunos participantes, “de uma forma mais generalizada o Vivências Liberato, antigo Vivências Literárias, foi a porta para que eu pudesse estimular o meu lado crítico, para que pudesse filosofar naquilo que sentia necessidade. Na área de mídias, trabalhar nas postagens foi a minha primeira tarefa como Voluntária de Mídia, foi incrível, mesmo com toda a rotina desgastante que a Fundação Liberato proporciona a nós, no final, a participação no projeto foi muito gratificante.” , aponta Teresa S. W. Bauer da turma 2212.
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